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Repensando a habilidade da expressão

Repensando a habilidade da expressão
Profª. Andressa Sarsur (2008)

    Considerando-se as habilidades de leitura, interpretação e produção de textos, orais e escritos, nós, professores, percebemos uma dificuldade de grande parte de nossos alunos em relação à terceira habilidade, a da expressão ou produção oral e escrita.
    Muitos alunos consideram que o responsável por tal dificuldade seja o pequeno volume de leitura que acumulam ao longo dos anos. Porém, ao atribuir a responsabilidade à leitura, esquecem-se de que ela é uma habilidade extremamente presente em nosso cotidiano. Lêem-se faixas, cartazes e letreiros; outdoors e propagandas; informativos, revistas e jornais; páginas da internet; e tantas outras informações que chegam a nós a todo momento.
    Talvez, ao fazer tal consideração, os alunos estejam pensando, de um modo geral, na leitura exclusiva de livros (literários ou não), o que realmente, em nosso país, não é um hábito ou valor muito difundido, principalmente pelos altos custos editoriais e autorais.
    Não se pode perder de vista que a produção de textos, principalmente escritos, é uma habilidade que precisa ser treinada e praticada como todas as outras que exercemos.
    O norte-americano Michael Phelps não conquistou oito medalhas de ouro nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, sem antes treinar, exaustivamente, a habilidade de nadar.
    Com a habilidade da escrita ou da expressão, ocorre o mesmo. Há que se arriscar, com caneta e papel em mãos, para, com treino e dedicação, alcançar produções melhores, tendo em vista alguns princípios básicos da escrita como a coesão (relação) entre as partes do texto, o sentido que se estabelece entre elas, a progressão do tema ao longo do texto, entre outros, como a não-repetição e a não-contradição; que fazem com que um texto constitua uma unidade significativa e não uma colcha de retalhos. 

Dicas de leitura
    As dicas de leitura partem, principalmente, das aquisições de livros feitas pela biblioteca do Centro Técnico Elza Rocha Rodrigues.

☺ A ditadura da beleza e a revolução das mulheres, Augusto Cury.
   O romance narra a história de uma jovem modelo que, ao sofrer com a ditadura da beleza imposta pelas agências de modelos e pela mídia, resolve, juntamente com sua mãe, liderar uma verdadeira revolução das mulheres contra um padrão inatingível de beleza.

☺ A história da beleza, Umberto Eco (org.).
    O livro traça, com o suporte de imagens de obras-primas e documentos, um paralelo entre a concepção de beleza desde a Grécia antiga até os dias de hoje.